30.9.09

Hapshash and the Coloured Coat

Poster for Pink Floyd at the CIA-UFO club, July 281967, by Hapshash and the Coloured Coat.

Hapshash and the Coloured Coat were a British graphics team in the 1960s, consisting of Michael English and Nigel Waymouth, that produced psychedelic posters.

They designed usually brightly coloured images with a strong art nouveau influence from Alfons Mucha of swirling lines and curving shapes. Posters were used to promote appearances by major bands of the time such as the Pink Floyd and The Incredible String Band, as well as singers such as Julie Felix, mainly for the UK underground UFO Club.

English and Waymouth met in late 1966. Waymouth had just opened London's first psychedelic boutique, Granny Takes a Trip, in the Kings RoadChelsea. They worked together initially and very briefly under the name Cosmic Visions (producing only one poster) and then Jacob and the Coloured Coat (producing two posters), before settling on Hapshash and the Coloured Coat. Their posters were printed and distributed by Osiris Visions, a division of the underground press publication International Times. The duo also provided illustrations and posters for several editions of the London Oz.

They also released an album, titled Hapshash and the Coloured Coat Featuring the Human Host and the Heavy Metal Kids in 1967, and a second one, Western Flier, in 1969. By this time English had left, and Waymouth strangely is mentioned in the liner notes as having decided to "record" the album, but not listed as one of the musicians.


A. Mucha

29.9.09

Thomas Berry - Da Religião à Ecologia


Os livros de Thomas Berry, pensador americano que faleceu em agosto passado, inspiraram acadêmicos e ambientalistas a explorar a interligação da religião, da natureza humana e da ecologia. Apesar da ter formação católica e ser especialista em tradições religiosas, Berry preferia não ser designado como padre, mas antes de cosmólogo e “acadêmico da Terra”. Na verdade, largou a vida monástica para se dedicar ao estudo da História das Religiões e da Cultura.

Nos anos 80, escreveu uma série de livros onde relacionava a evolução cultural e espiritual com a história natural dos planetas e do universo. Michael Colebrook, um especialista da sua obra, explica os elementos chave do seu pensamento (na obra «Thomas Berry, Geologian»).

Primeiro, Berry sublinha o lugar primordial do universo: “O universo é a única realidade auto-referencial no mundo fenomenológico. É o único texto sem contexto. Tudo o resto tem de ser visto no contexto do universo". O segundo elemento é o significado da história, em particular do universo enquanto história. “A história do universo é a quintessência da realidade. Nós sentimos a história e organizamo-la na nossa linguagem. Os pássaros e as árvores organizam-na na sua própria linguagem. Tudo conta a história do universo porque esta está impressa em todo o lado e por isso é tão importante conhecê-la. Quem não conhece a história, num certo sentido não se conhece a si mesmo nem conhece nada”.

Thomas Berry foi a primeira e mais importante voz a descrever os resultados da profunda separação entre o ser humano e o mundo natural e do impacto que esse fenômeno tem no futuro da nossa espécie. O cosmólogo acreditava que a humanidade, depois de passar gerações a gloriar-se a si própria e a despojar o mundo, irá chegar a um ponto de equilíbrio e abraçar o seu papel como uma parte vital de algo maior – o Cosmos – onde a interdependência e a comunhão com os outros elementos que o constituem é essencial. O resultado disso será uma nova era, a que ele chama Era Ecozóica.


Da Religião à Ecologia


Thomas Berry foi ordenado padre em 1942 mas prosseguiu a vida académica, doutorando-se na Universidade Católica Americana com uma dissertação sobre Filosofia e História. Em 1948 mudou-se para a China para ensinar na Universidade Fu Jen, de Pequim. Com a ascensão de Mao Zedong viu-se obrigado a voltar para os Estados Unidos apenas um ano depois. Estudou língua e cultura chinesa na Seton Hall University, bem como sânscrito e cultura asiática na Universidade de Columbia. Foi também capelão do Exército norte-americano entre 1951 e 1954, na Alemanha.

Entre 1966 e 1979, ensinou na Fordham University, onde criou um doutoramento em História das Religiões. Alguns dos seus alunos fundaram um movimento focado nos temas da Religião e da Ecologia. Mais tarde, Berry organizou uma série de conferências internacionais com temas bastante provocatórios, entre elas, a que intitulou de «Energia e as suas dimensões cósmico-humanas».

Escreveu dois livros sobre religiões asiáticas – «Buddhism», 1966, e «Religions of India», em 1971. Contudo, tornou-se particularmente conhecido pelos seus livros sobre o lugar do ser humano no Cosmos, como é exemplo «The Dream of the Earth», de 1988. Outro dos seus livros mais conhecidos é «The Great Work: Our Way Into the Future», publicado em 1999.

Postado por Ciência Hoje

Links:
http://www.thomasberry.org
http://www.earth-community.org

22.9.09

BroadBand - Gilberto Gil

BroadBand - Gilberto Gil


- Flash Player Installation


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Gilberto Gil sings "Banda Larga" [Broadband]. Here's Gilberto Gil -- the Brazilian ex-Minister of Culture and world-class musician -- in his kitchen singing his new song called "Banda Larga Cordel" or "Broadband String" just a few hours after composing it. Gil has been actively advocating for open source and open access for several years. This video is part of a general program on his part to make all of his work available for listening and for remixing. This video was shot on a Nokia celly by "cineast" Andrucha Waddington and then YouTubified for general viewing. Posted by José Murilo Junior
David Friedman - Judaism Tree of Life

HOME


We are living in exceptional times. Scientists tell us that we have 10 years to change the way we live, avert the depletion of natural resources and the catastrophic evolution of the Earth's climate. The stakes are high for us and our children. Everyone should take part in the effort, and HOME has been conceived to take a message of mobilization out to every human being.
For this purpose, HOME needs to be free. A patron, the PPR Group, made this possible. EuropaCorp, the distributor, also pledged not to make any profit because Home is a non-profit film. HOME has been made for you : share it! And act for the planet.
Yann Arthus-Bertrand

HOME official website
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PPR is proud to support HOME
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HOME is a carbon offset movie
http://www.actioncarbone.org

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http://www.goodplanet.info

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TV Interview with Jonathan Goldman, Santo Daime leader from Oregon

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7.9.09

Metáforas e Arte Simbólica

A Virgem e o Menino com a maçã na mão e a roseira símbolo de pureza. Stefan Lochner


Moisés tem a visão da Virgem com o menino Jesus no arbusto, "a sarça ardente". Nicola Froment

"Uma das coisas em nossas religiões ocidentais é que muitos símbolos foram erroneamente tomados por sinais, e toda a nossa mitologia é vista como uma pseudo-história que, na verdade nunca ocorreu historicamente. E essa é a razão pela qual as pessoas, ao perceberem que aquilo que o símbolo representa não poderia ter ocorrido, perdem a fé e a religião e ficam, de repente, sem o vocabulário de comunicação entre o transcedente e a racionalidade de um ser humano vivente. Joseph Campbell

6.9.09

Joseph Campbell, o evolucionista das religiões


por Luiz Biajoni

Mais do que Darwin, Joseph Campbell (1904-1987) investigou, ao longo de toda sua vida, não a evolução das espécies, mas a evolução das religiões. O resultado mais importante dessa investigação é a obra apropriadamente chamada As máscaras de Deus, dividida em 4 volumes: Mitologia primitiva, Mitologia oriental, Mitologia ocidental e Mitologia criativa. Nela, o pesquisador mostra como nasceram mitos que originaram religiões em todo o mundo, cruza dados e histórias, apontando semelhanças, mostrando onde estão os interesses por trás das religiões enquanto forças sociais e, até onde o vasto conhecimento lhe permite, desvela as metáforas das histórias mitológicas. O mais importante desse trabalho, diz ele, é mostrar para as mentes estreitas que os mitos tendem a se tornar História – e isso é triste. Citando Alan Watts (Myth and ritual in Christianity): “O Cristianismo foi interpretado por uma hierarquia ortodoxa que degradou o mito até convertê-lo em ciência e história. [...] Porque quando o mito é confundido com história, ele deixa de aplicar-se à vida interior do homem.”
Em uma de suas palestras memoráveis – várias reunidas em livros lançados no Brasil –, Campbell conta sobre um trecho do livro sagrado do budismo onde Buda estica uma das mãos e de cada dedo sai um tigre que ataca seus inimigos. Se esse trecho estivesse na Bíblia, com Jesus Cristo como protagonista, crentes iriam jurar de pés juntos que foi assim mesmo que aconteceu.
Segundo Campbell, em todo Oriente prevalece a idéia de que o último plano da existência é algo além do nosso pensamento e nosso entendimento. Sendo assim, podemos acreditar no mistério mas não racionalizar ou querer situá-lo histórica e geograficamente. De maneira que não há o culto como conhecemos no Ocidente. Linhas de pensamento religioso orientais são: “Saber é não saber, não saber é saber” (Upanishad), “Os que sabem permanecem quietos” (Tao Te King), “Isto és tu” (Vedas). Chegar ao outro lado da margem do pensamento para encontrar paz e bem-estar é a finalidade do mito oriental. No mito ocidental existe sempre um criador e uma criatura e os dois não são o mesmo – estão sempre em conflito e sempre há alguém ou algo a atrapalhar, incomodar; um diabo, um extraviado da criação. Diante da pouca importância que o homem tem diante de um Deus tão exigente, ele deve se ajoelhar e servir e não questionar e obedecer a parâmetros sempre ditados por alguma instituição, uma igreja, uma denominação. É uma religião de subserviência, cuja gestão é o conflito e o terrorismo psicológico, imposto pelas lideranças religiosas ou auto-imposto pelos crentes. Para Campbell, “o divisor geográfico entre as esferas oriental e ocidental do mito e do ritual é o planalto do Irã”. O terceiro volume de As máscaras de Deus, que trata da Mitologia Ocidental, escrito em 1964, conta o nascimento da religião muçulmana e como ela cresceu no Oriente Médio, tornando-se ameaçadora para o cristianismo; as tensões que abalavam a ordem cristã que era sustentada por uma mitologia de autoridade clerical.
Talvez esse quadro geral tenha gerado o fanatismo, alimentado pelas lideranças religiosas; e o dinheiro que estas têm pode ter influenciado na ordem social. Campbell, otimista e racional, escreveu: Nenhum adulto hoje se voltaria para o Livro do Gênese com o propósito de saber sobre as origens da Terra, das plantas, dos animais, do homem. Não houve nenhum dilúvio, nenhuma Torre de Babel, nenhum primeiro casal no paraíso, e entre a primeira aparição do homem na Terra e as primeiras construções de cidades, não uma geração (de Adão para Caim), mas milhares delas devem ter vindo a esse mundo e passado a outro. Hoje nos voltamos para a ciência em busca de imagens do passado e da estrutura do mundo. O que os demônios rodopiantes do átomo e as galáxias a que nos aproximam telescópios revelam é uma maravilha que faz com que a Babel da Bíblia pareça uma fantasia do reino imaginário da querida infância de nosso cérebro.
Ele mal sabia que as religiões se fortaleceriam, ganhariam cada vez mais adeptos e fanáticos, se ramificariam e tomariam de assalto a educação, a ciência e mesmo a sanidade racional do homem.
As idéias de Campbell fizeram sucesso nos anos 70, ele se tornou um ícone para os hippies-paz-e-amor pregando (essa não é nem de longe a melhor palavra, mas vou deixar) o compromisso social geral pelo avanço irrestrito da sociedade, com tolerância e respeito ao outro, pela paz e pela metáfora religiosa como elemento de ligação entre o ser e o mistério. Não por acaso, Campbell é o autor que inspirou George Lucas na saga Guerra nas estrelas – e o ponto culminante do primeiro filme, quando Luke Skywalker vai destruir a Estrela da Morte e os equipamentos falham, é a “voz da consciência” do herói que pede que ele não acredite nos aparelhos (assim como não devemos acreditar nas histórias míticas ou no que diz qualquer pretenso salvador) e acredite em si mesmo. As histórias mitológicas – assim como Guerra nas estrelas inaugurou uma mitologia – deviam servir como metáforas para nossas vidas. O problema é que as pessoas não sabem o que é metáfora; acham que uma metáfora é uma mentira. As escrituras sagradas são todas metáforas, mas os religiosos conseguem entende-las apenas como Realidade, e acham que aqueles que não entendem que se trata de Realidade consideram o que está ali escrito, Mentiras. Um radialista uma vez quis pegar Campbell ao vivo nesta encruzilhada e perguntou ao pesquisador o que era uma metáfora. Campbell devolveu a pergunta e o radialista deu um exemplo de metáfora: “Ele corre como um coelho”. Campbell disse que era justamente aí que estava o problema: metáfora seria se se dissesse “Ele é um coelho”. Na afirmação justa de uma realidade improvável, a condenação de um mundo.
As grandes metáforas das religiões não podem ser entendidas como realidade e não podem atrapalhar o avanço científico da sociedade; não podem interferir na paz entre países, nem em angústias para as pessoas; não podem restringir o direito de amar – ora vejam! –, nem provocar ódio. As grandes metáforas das religiões deveriam ser poesias para os ouvidos – mas ninguém quer saber de poesia!