26.6.07

Noite de São João no Céu do Planalto.
Pintura de Gervásio / Foto: Lou Gold
Lou Gold

25.6.07

Ovelhas de São João

Documentário realizado na Vila Céu do Mapiá, comunidade daimista na Amazônia. O vídeo chama a atenção pelos belos depoimentos de antigos moradores falando sobre seus encontros com a espiritualidade e com o Padrinho Sebastião, fundador da comunidade. Edição e imagens: André Pupo 2005/2006

PARTE 1

PARTE 2

PARTE 3

PARTE 4

23.6.07

Raphael Sanzio

As madonas de Raphael Sanzio tem o poder de elevar a alma daqueles que as olham. São obras de arte com poderes curativos.

21.6.07

Raphael Sanzio

...Estamos vivendo em um tempo de retorno do Cristo, só que ele não vem no espaço e encarnado, tal como vivera outrora na Palestina, mas ele quer aparecer nas próprias almas humanas. Estas aliás, hoje estão muito atarefadas e sempre "ocupadas". Por isso faz parte da nossa mudança de sentido atual, criarmos espaço em nossas almas para aquele que está vindo. O espaço anímico pode ser entendido como consciência. Neste caso, portanto, como consciência vigilante. Não que não estivéssemos despertos as nossas tarefas diárias! Esse estado de vigília não devemos perder. Mas estamos dormindo em vista dos fatos que partem dos Reinos dos Céus...
Trecho do texto de Gerhart Palmer

20.6.07

Sebastian

Chuck Close

O Batismo de João

...Os batizados vinham a ser submersos na água. Aí comparecia a eles, isso que sempre comparece quando o homem através de algo qualquer recebe aquele choque, que ele pode receber por qualquer ameaça de morte, como por exemplo, quando ele cai na água e está próximo do afogamento, ou quando ele despenca do alto de uma montanha. Aí sombrevem um afrouxamento das forças de vida. As forças de vida saem parcialmente do corpo físico, e a consequência é que comparece algo que sobrevem quando morremos: uma espécie de retrospectiva sobre a nossa última vida. Isto é um fato conhecido, que frequentemente vem a ser descrito, também por pensadores materialistas do presente. Algo parecido acontecia no batismo de João. As pessoas eram mergulhadas sob a água. Isso não era um batismo como hoje ele é usual, porém por meio do Batismo de João vinha a ser efetuado, que o corpo de forças vitais dos homens se afrouxasse e que as pessoas vissem mais do que elas podiam conceber com a inteligência habitual. Elas viam a sua vida no espírito. Também elas viam isso, que João Batista ensinava: que o tempo antigo está cumprido e que um novo tempo precisaria começar. A humanidade chegou a um ponto de virada na evolução: o que os homens desde longos tempos estiveram vivendo numa alma de grupo (alma de povo) está na completa extinção. Por isso, o Batismo de João trazia um novo impulso, novas qualidades precisariam vir para a humanidade. Isto era o Batismo de João, uma coisa de reconhecença. "Mudai o sentido, não mais dirigis o olhar meramente para trás...", porém olhai lá sobre algo diverso: o Deus, que se pode revelar em cada humano EU, chegou perto pra cá; os reinos do divinal vieram chegando aqui perto. Isso o Batista
não somente apregoava, isso ele os fazia reconhecer, quando ele lhes deixava vir a ser participado o batismo no Rio de Jordão...
Extraído do "O Evangelho de Marcos" de Rudolf Steiner

Pensamentos de São João 2

Bosch

Quem se esforça para transformar seu sentido, necessita de rigor consigo mesmo. Algo de rigor e da aspereza se expressa na imagem que os evangelhos nos transmite na pessoa de João Batista, o anunciador da mudança de sentido, da transformação. Seu exemplo nos mostra que é preciso haver perseverança, persistência interior em relação ao que nos propusemos, para produzir transformações nas camadas mais profundas do nosso ser. Mas poderemos observar que muitas pessoas são rigorosas para receberem olhares de admiração ou parecerem superiores. Quem desse modo é rigoroso consigo mesmo, fará a experiência de que está facilmente exposto de super intensificar o rigor e endurecer interiormente, tornar-se fanático, olhar com menosprezo para as pessoas que não trabalham em si mesmas tão rigorosamente. Se olharmos com atenção para a pessoa de João Batista podemos ver um segundo elemento: a alegria. A festa de São João comemorada no solstício de inverno é expressa com muita alegria. "Muitos se alegrarão com seu nascimento", assim disse o anjo aos pais de João Batista, "pois ele será grande..." Grandeza humana é o que resulta onde um homem muda seu sentido de tal modo, que não mais se empenha na satisfação de seus próprios interesses mesquinhos, mas tem em mira o bem do todo.
Resumo do texto de Friedrich Schmidt- Hieber

Assis

Pensamentos de São João 1

João Batista adverte os saduceus quanto a hereditariedade afirmando que a descendência não salvaria suas almas. Só através do esforço próprio poderia se alcançar a salvação. Isto é dito, pois naquela época, muitos descendentes de Abrãao, já se consideravam salvos. João também se dirije contra os outros 2 grupos que marcavam a vida social-religiosa da época. De um lado os fariseus, que achavam que o inflamado zelo de obedecerem as leis ao pé da letra os tornavam melhores e garantidos. Do outro, os essênios cuja a certeza da salvação era documentada por sua presunção de, repetidamente se lavando, se afastavam elitisticamente do mundo. À todos esses João diz: "Mudai vossos sentido, convertei vosso coração , porque agora o machado está posto à raiz das árvores."

Leonardo Da Vince

15.6.07

Foto: Luis Eduardo Pomar

Como barcos parados nos portos, "a filosofia moderna é um pensar que ninguém procura ou compreende e uma necessidade científica que a ninguém satisfaz", segundo R.Steiner.

Medicina da Floresta, Mapiá - AM

Fotos: Luis Eduardo Pomar


Através da observação das plantas e do contato com a sabedoria do povo caboclo amazônico, a Professora Maria Alice Freire desenvolve o projeto da Medicina da Floresta na Comunidade do Céu do Mapiá e região do Vale do Juruá. Hoje o projeto integra e capacita muitas pessoas e resgata valores dos povos da floresta.






14.6.07

Horizonte Amplo

Fotos: Luis Eduardo Pomar








Desde o início da civilização, o ser humano sempre teve um a tendência a atingir pontos distantes, migrar, viajar, subir montanhas e cruzar vales. No princípio, as intenções principais eram de sobrevivência, mas certamente muitos já atingiam cumes e locais ermos pelo simples prazer de estar lá, onde poucos estão, onde o horizonte é mais amplo. No século XV, na Europa, começaram a acontecer algumas escaladas mais ousadas. Tem destaque a difícil ascensão do Monte Aiguille, na França, em 1492, por Antoine Ville. O feito causou muita confusão na época, porque acreditava-se que dragões e monstros viviam nos cumes das montanhas e que estes deveriam ser deixados em paz. Um grande intervalo se deu, com poucas atividades de expressão sobre as culminâncias alpinas, até a grande conquista do médico francês Michel Gabriel Paccard em 1786. Motivado por um prêmio oferecido por Horace Benedict de Saussure, Paccard e o garimpeiro Jacques Balmat conseguiram atingir o maior cume da Europa Ocidental, o Mont Blanc (4.807m). A partir daí, o interesse pelos cumes alpinos aumentou e vários deles foram vencidos. Na maioria dos casos, porém, o interesse era científico. Em 1987, o alpinista Alexandre Mazzacaro e eu, quisemos ver horizontes mais amplos...

Johann Wolfgang Goethe (1749-1832)

O alemão Johann Wolfgang Goethe (1749-1832) viveu 83 anos numa época em que o homem dificilmente passava dos 40. Nascido no país vizinho da Revolução francesa, assistiu um novo mundo surgir com a revolução industrial e a concretização do pensamento iluminista que dava nova direção ao mundo daquela época. Por sua obra literária se tornou celebridade mundial e é considerado um dos maiores poetas e dramaturgos de todos os tempos. O que era impressionante era que também se tornou um grande cientista e chegou a dar mais importância às suas investigações da natureza do que à criação literária. Ele realizou pesquisas em campos tão variados como a óptica, a geologia, a mineralogia, a botânica e a zoologia. Fez descobertas importantes, como a do osso intermaxilar no crânio humano. E elaborou uma teoria das cores alternativa à do grande físico inglês Isaac Newton. Mais significativa do que essas realizações isoladas, porém, foi sua visão da natureza. Divergindo das idéias científicas da época, Goethe a concebeu como uma totalidade orgânica e viva, em profunda conexão com o mundo espiritual, e não um mecanismo frio e sem alma, constituído apenas por matéria em movimento.


Foto: Luis Eduardo Pomar

A ciência de Goethe se esforça e trabalha para representar o infinito no finito.

O método cognitivo de Goethe

Foto: Luis Eduardo Pomar

"SE O OLHO NÃO TIVESSE SOL
COMO VERÍAMOS A LUZ?
SEM A FORÇA DE DEUS VIVENDO EM NÓS
COMO O DIVINO NOS SEDUZ?"
Goethe

Copérnico abalou o mundo afirmando que a Terra era quem girava em torno do Sol, e que aquilo que parecia a todos, não era a realidade. Descartes afirmou então que não deveríamos acreditar nas manifestações sensoriais, pra ele talvez tudo fosse irreal, Kant por sua vez afirmou que o desenvolver e felicidade humana estariam ligados ao intelecto, ao racional, Goethe propôs um caminho alternativo, reconhecendo a unidade em tudo ao invés da uniformidade. Goethe confiava na interação do mundo e na intuição na ciência. A arte deveria ser filosófica enquanto a ciência
deveria ser artística. Seu pensamento foi em parte aceito pelos filósofos e cientista modernos, mas o supra-físico reconhecido por Goethe fez com que fosse chamado de romântico. Rudolf Steiner observa que Goethe e Nietzsche se assemelhavam entre si quando reconheciam que o pensamento dos filósofos modernistas havia matado o Deus no pensamento das pessoas. Isso se deu quando Nietzsche disse: "Deus está morto"; para Goethe, uma nova "forma" de pensar do homem ressussitaria Deus nos homens. Assim ele fazia da sua observação filosófica-científica uma poesia. Era preciso interagir: "O mundo cresce e eu cresço com o mundo." e propôs uma integração entre a ciência e a meta-física.

6.6.07

Andy Goldsworthy


Esse é o cara! Pra mim um dos maiores artistas da atualidade, o britânico Andy Goldsworthy cria suas obras à céu aberto com elementos que encontra na natureza. Sua arte é viva. Usa a força das marés, a corrente dos rios, as pedras, folhas e o gelo e percebe o efeito do tempo em suas obras. Além de escultor, é ambientalista e fotógrafo. De acordo com Andy "-Cada obra surge, se mantêm, e se destrói - sempre é mostrado nas fotos o momento mais vivo da obra, sendo que fica implícito que aquela obra irá se desintegrar."




2.6.07

Ayahuasca Vision

Nisvan

Retorno ao Paraíso

Ernst Fuchs

O pecado original se deu, quando o homem afastado dos ritmos da natureza, e dono de seu agir e livre arbítrio, começou o processo de violentar a Mãe Terra (símbolo da maçã mordida) através do egoísmo (pecado). O Paraíso pode ser comparado aos mundos celestes. Tudo é harmonia. Ao mesmo tempo a natureza é harmonia. O homem deixou de ser natural e celeste, para vir habitar no mundo da causa e efeito, para dar cumprimento à sua própria evolução. Através do fruto da árvore do conhecimento, ele pode moldar seu espírito através de erros e acertos, e chegar à reais conclusões. Através da experiência do mundo terreno e da capacidade de orientar o seu destino por forças cognitivas, o homem esforça-se para polir seu espírito. Vislumbra então o retorno ao paraíso. Como na parábola do "Filho Pródigo", retorna à casa do Pai regenerado e um grande banquete é oferecido por sua volta. Agora, esse novo Adão não volta mais ao mesmo ponto de saída, e sim um degrau à cima.

1.6.07

Ernst Fuchs




"Art and humanity form a unity revealing the identity of man being created in the image of God – and only man received the gift to create." Ernst Fuchs